2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008 | 2007 | 2006 | 2005 | 2004 | 2003 | 2002 | 2001 | 2000 | 1999 | 1998 | 1997 | 1996 | 1995 | 1994 | 1993 | 1992 | 1991 | 1990 | 1989 | 1988 | 1987 | 1986 | 1985 | 1984 | 1983 | 1982 | 1981 | 1980 | 1979 | 1978 | 1977 | 1976 | 1975 | 1974 | 1973 | 1972 | 1971 | 1970 | 1969 | 1968 | 1967 | 1966 | 1965 | 1964 | 1963 | 1962 | 1961 | 500 | 76 | 0
O poder da magnetite
Authors: Gilberto Gonçalves Pereira e Catarina Pires
Ref.: Boletín de la Real Sociedad Española de Historia Natural. Sección Aula, Museos y Colecciones 5, 23-30 (2018)
Abstract: A magnetite é um óxido de ferro (Fe3O4) que se encontra na natureza e cujo nome deriva de uma localidade na Grécia, denominada Magnésia, que significa “o lugar das pedras mágicas”. A atribuição de propriedades mágicas a este mineral relaciona-se com a sua capacidade para atrair objectos com ferro. Durante os séculos XVII e XVIII era comum a sua existência nos Gabinetes de Curiosidades e nos Gabinetes de Física. A magnetite - um imã natural - era utilizada em experiências que tiravam proveito da sua principal característica: o magnetismo. Uma das primeiras e mais significativas aplicações que teve relaciona-se com a sua capacidade para magnetizar agulhas, que eram posteriormente aplicadas em bússolas. Na coleção setecentista do Gabinete de Física da Universidade de Coimbra existiam quatro imãs. Destes, sobrevivem dois, sendo o mais conhecido o denominado Magnete Chinês. Este escultural instrumento, construído em Lisboa por William Dugood (entre os anos de 1734 e 1741) para o rei D. João V, caracteriza-se por possuir uma magnetite inserida no interior de uma cenográfica coroa real. Neste trabalho pretendemos dar a conhecer a história das duas magnetites que existem actualmente em Coimbra, assim como o responsável pela sua montagem, William Dugood.